Fiasco de Biden em debate repercute na imprensa mundial

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O desempenho nada bom de Joe Biden no debate presidencial da CNN repercutiu mundialmente nessa sexta-feira (28). houve pedidos públicos para que ele largasse a disputa presidencial e até aliados dos Estados Unidos (EUA) preocupados com uma possível eleição de Donald Trump.

Os apoiadores de Biden tinham esperança que o debate de sexta-feira (28) afastasse as preocupações de que ele estivesse velho demais para disputar a presidência e questionamentos em relação a sua saúde, mas as imagens do presidente cansado e se enrolando com as palavras fortaleceram Trump, segundo analistas, políticos e investidores.

Jornais pelo mundo também repercutiram o debate, o jornal francês Le Monde comparou Joe Biden a um naufrágio, já o britânico Daily Mirror chamou sua performance durante o debate de “pesadelo cheio de gafes”.

O alemão Bild publicou em sua capa “Boa noite, Joe!”, e o australiano Sydney Morning Herald disse “Trump engoliu Biden. Os democratas não podem vencer com Joe.”

“O Sr. Trump não venceu, mas o Sr. Biden pode ter implodido”, comentou Kunihiko Miyake ex-diplomata japonês e agora diretor de pesquisa do Canon Institute for Global Studies, um think tank.

“Diferentemente de oito anos atrás, estamos muito mais preparados, assim como outros aliados europeus e asiáticos. Ainda assim, Trump é imprevisível.”, continuou Kunihiko.

Para o Japão e a Coreia do Sul, aliados americanos na Ásia, as relações com o governo Trump em alguns momentos foi prejudicada devido a suas exigências de mais pagamentos para assistência militar e por tensões comerciais.

“A maior dúvida para o Japão seria se Trump realmente valorizará e manterá a aliança de segurança”, revelou Takashi Kawakami, professor da Universidade Takushoku do Japão, em Tóquio.

Já para Peter Lee, pesquisador do Asan Institute for Policy Studies, em Seul, o debate colocou em “evidência muito maior” a possibilidade de um novo governo Trump e espera que Trump seja “muito duro”  para pressionar os aliados a aumentarem os gastos com defesa.

Trump também iniciou uma guerra tarifária com a china, segunda maior economia do mundo, e cogitou tarifas de 60% ou mais sobre todos os produtos chineses caso ganhe a eleição de 5 de novembro.

Lee Jae-il, analista da Eugene Investment & Securities, disse que empresas estrangeiras que dependem dos mercados dos EUA, também estão cautelosas em relação a uma possível vitoria de Donald Trump, devido a “miríade” de políticas relacionadas a tarifas que ele estabeleceu em seu mandato anterior.

“Trump, como um maníaco por guerras comerciais, pode não apenas visar a China, mas também impor tarifas contra outros países sob o conceito do excepcionalismo americano”, adicionou Stephen Lee, economista-chefe da Meritz Securities em Seul.



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