O presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), reagiu neste sábado (13), à fala do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que anunciou a pretensão de venda do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) localizado em Taguatinga.
A estrutura que deveria ser utilizada pela administração pública do Distrito Federal para comportar secretarias e órgãos do Governo do DF foi concluída em 2010, no apagar das luzes da gestão de Agnelo Queiroz (PT) e chegou a ser inaugurada no último dia do governo petista. Porém, o uso nunca foi efetivamente realizado, gerando problemas judiciais relacionados ao pagamento.
Neste sábado, após o anúncio do governador Ibaneis de que mandará um projeto para a Câmara Legislativa, um projeto pedindo autorização para a venda da estrutura, Wellington Luiz foi cauteloso, mas concordou.
“Não conheço o teor do anti projeto, já que o governador disse isso. Somente depois que ele for protocolado é que ele vira um projeto para ser analisado. É difícil falar antes de conhecer os termos da proposta que o governador quer mandar para a Casa”, ponderou.
“O que é certo é que precisamos de fato resolver essa questão do Centrad. Não dá para ficar nesse impasse pelo resto da vida. Foram anos e anos com muito prejuízo. Por tanto, é fundamental que a gente avance nessa discussão”, concluiu.
Concessão
No fim de agosto, Ibaneis chegou a anunciar ao Jornal de Brasília que faria um processo de concessão do Centrad. O processo estava sob os cuidados da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e deveria ter sido concluído em setembro. Entretanto, não foi para frente, até o momento.
A construção do Centrad foi possível graças a uma parceria público-privada que teve início ainda no governo do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) – atualmente pré-candidato ao Palácio do Buriti – e concluído no governo Agnelo Queiroz.
No governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), disputas judiciais travaram o pagamento de parcelas, em um total de 20 anos, mesmo após Agnelo ter inaugurado o prédio.
Ao vencer as eleições, Ibaneis prometeu que ocuparia o complexo administrativo, mas após 7 anos de gestão, ele continua vazio.
Durante todo esses 15 anos, desde a conclusão das obras, várias foram as sugestões e propostas para a ocupação. Um novo hospital, uma universidade internacional, entre outros.
Caso seja comercializado no mercado imobiliário, levando em conta os R$ 2 bilhões para a construção, o valor pode até dobrar para quem for o comprador.



